25 de set. de 2010

MEDIUNIDADE E MÉDIUM

Podemos assim definir: Médium quer dizer medianeiro, intermediário. Mediunidade é a faculdade humana, natural, pela qual o médium se comunica com o mundo invisível ou mundo espiritual.


Vejamos o que diz Kardec em Obras Póstumas, capitulo que fala sobre Manifestações dos Espíritos.


Médiuns são pessoas aptas a sentir a influência dos Espíritos e a transmitir os pensamentos destes. Toda pessoa que, num grau qualquer, experimente a influência dos Espíritos é, por esse simples fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem e, por conseguinte, não constitui privilégio exclusivo, donde se segue que poucos são os que não possuam um rudimento de tal faculdade. Pode-se, pois, dizer que toda gente, mais ou menos, é médium. Contudo, segundo o uso, esse qualificativo só se aplica àqueles em quem a faculdade mediúnica se manifesta por efeitos ostensivos, de certa intensidade.


O fluido perispirítico é o agente de todos os fenômenos espíritas, que só se podem produzir pela ação recíproca dos fluidos que emitem o médium e o Espírito. O desenvolvimento da faculdade mediúnica depende da natureza mais ou menos expansiva do perispírito do médium e da maior ou menor facilidade da sua assimilação pelo dos Espíritos; depende, portanto, do organismo e pode ser desenvolvida quando exista o princípio; não pode, porém, ser adquirida quando o princípio não exista. A predisposição mediúnica independe do sexo, da idade e do temperamento. Há médiuns em todas as categorias de indivíduos, desde a mais tenra idade, até a mais avançada.


As relações entre os Espíritos e os médiuns se estabelecem por meio dos respectivos perispíritos, dependendo a facilidade dessas relações do grau de afinidade existente entre os dois fluidos. Alguns há que se combinam facilmente, enquanto outros se repelem, donde se segue que não basta ser médium para que uma pessoa se comunique indistintamente com todos os Espíritos. Há médiuns que só com certos Espíritos podem comunicar-se ou com Espíritos de certas categorias, e outros que não o podem a não ser pela transmissão do pensamento, sem qualquer manifestação exterior.



Por meio da combinação dos fluidos perispiríticos o Espírito, por assim dizer, se identifica com a pessoa que ele deseja influenciar; não só lhe transmite o seu pensamento, como também chega a exercer sobre ela uma influência física, fazê-la agir ou falar à sua vontade, obrigá-la a dizer o que ele queira, servir-se, numa palavra, dos órgãos do médium, como se seus próprios fossem. Pode, enfim, neutralizar a ação do próprio Espírito da pessoa influenciada e paralisar-lhe o livre-arbítrio. Os bons Espíritos se servem dessa influência para o bem, e os maus para o mal.


Podem os Espíritos manifestar-se de uma infinidade de maneiras, mas não o podem senão com a condição de acharem uma pessoa apta a receber e transmitir impressões deste ou daquele gênero, segundo as aptidões que possua. Ora, como não há nenhuma que possua no mesmo grau todas as aptidões, resulta que umas obtêm efeitos que a outras são impossíveis. Dessa diversidade de aptidões decorre que há diferentes espécies de médiuns.


Nem sempre é necessária a intervenção da vontade do médium. O Espírito que quer manifestar-se procura o indivíduo apto a receber-lhe a impressão e dele se serve, muitas vezes a seu mau grado. Outras pessoas, ao contrário, conscientes de suas faculdades, podem provocar certas manifestações. Daí duas categorias de médiuns: médiuns inconscientes e médiuns facultativos. No caso dos primeiros, a iniciativa é dos Espíritos; no segundo, é dos médiuns.

 
Os médiuns facultativos só se encontram entre pessoas que têm conhecimento mais ou menos completo dos meios de comunicação com os Espíritos, o que lhes possibilita servir-se, por vontade própria, de suas faculdades; os médiuns inconscientes, ao contrário, existem entre as que nenhuma idéia fazem do Espiritismo, nem dos Espíritos, até mesmo entre as mais incrédulas e que servem de instrumento, sem o saberem e sem o quererem. Os fenômenos espíritas de todos os gêneros podem operar-se por influência destes últimos, que sempre existiram, em todas as épocas e no seio de todos os povos. A ignorância e a credulidade lhes atribuíram um poder sobrenatural e, conforme os tempos e os lugares, fizeram deles santos, feiticeiros, loucos ou visionários. O Espiritismo mostra que com eles apenas se dá a manifestação espontânea de uma faculdade natural.



Entre as diferentes espécies de médiuns, distinguem-se principalmente: os de efeitos físicos; os sensitivos ou impressionavéis; os audientes; falantes ou psicofônicos; videntes; inspirados; sonambúlicos; curadores; escreventes ou psicógrafos. Em outra oportunidade estudaremos cada uma dessas espécies de médiuns.

Mas, por que Chico Xavier foi considerado a maior antena mediunica?

A extraordinária faculdade mediúnica de Chico Xavier está comprovada pelos 412 livros psicografados de grande número de autores espirituais e, de elevada categoria, que por seu intermédio se manifestam, várias delas traduzidas e publicadas em castelhano, esperanto, francês, inglês, japonês, grego, etc.



Vários de seus livros foram adaptados para encenação no palco e sob a forma de radionovelas, telenovelas e agora no cinema. Além da psicografia, Chico era portador outras tipos de manifestações mediúnicas tais como: psicofonia, vidência, audiência, receitista, manifestações físicas e outras.


Vamos ouvir uma entrevista de um grande amigo de Chico Xavier.






Fiquem em Paz

Genilda Medeiros

Juventude Casa dos Humildes

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