17 de jun. de 2010

O PERDÃO

Domingo passado, 13 de junho, tivemos o prazer de receber na Evangelização da Juventude nosso amigo e irmão Estevão Coimbra, que nos falou sobre o Perdão. Solicitamos a joven Cláudia para expor o tema em nosso blog.





Na célebre passagem bíblica do Sermão da Montanha, Jesus citou à multidão “As Bem-Aventuranças”, ensinamentos que, de acordo com o Novo Testamento, Cristo pregou para ensinar e revelar aos homens a verdadeira felicidade.



Uma delas diz: Bem-aventurados aqueles que são misericordiosos, porque eles próprios obterão misericórdia.

E a misericórdia está intimamente ligada ao perdão. Com que direito poderíamos reclamar a Deus o perdão das nossas dívidas, se nós mesmos temos tanta dificuldade em sermos misericordiosos com aqueles que nos devem?


Deus fez uma lei expressa de caridade. E caridade não significa apenas dar assistência a nosso próximo na necessidade; consiste também no esquecimento e no perdão das ofensas. Sim, esquecimento, afinal o verdadeiro perdão, nobre, verdadeiramente generoso, sem segunda intenção e que não impõe ao adversário condições humilhantes, sem o esquecimento das ofensas não é generosidade, mas sim uma maneira de satisfazer o orgulho.




Ah, o orgulho... Essa é a pior cegueira da qual sofre a raça humana. Ela nos faz pensar que somos perfeitos e estamos acima de tudo e todos, nos impedindo de praticar a misericórdia, qualidade que reúne o perdão e a indulgência.



A indulgência não vê os defeitos de outrem, e quando os vê, não os divulga. O indulgente não julga as atitudes falhas dos semelhantes, pois tem consciência de que também tem seus defeitos e também é passível de falhas.



Aquele dentre vós que estiver sem pecado, lhe atire a primeira pedra”, disse Jesus aos homens que condenavam ao apedrejamento, até a morte, uma mulher surpreendida em adultério. Todos se retiraram e ninguém atirou pedra alguma, obviamente.




Não julgueis a fim de que não sejais julgados: esta máxima nos mostra a indulgência como um dever, pois é muito fácil censurar uma falta de alguém, mas nunca pensamos se a mesma reprovação poderá cair sobre nós.



Vejamos o que diz a doutrina de Sócrates e Platão, que viveram entre nós, aproximadamente, 500 anos antes de Cristo: “Não é preciso nunca retribuir injustiça por injustiça, nem fazer mal a ninguém, qualquer seja o mal que se nos tenha feito; poucas pessoas, entretanto, admitirão este princípio, e as pessoas que estão divididas não devem senão se desprezar umas às outras”.



Não está aí mais uma Bem Aventurança pregada pelo Cristo, “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa”?



Portanto, amemos nossos inimigos, façamos o bem àqueles que nos odeiam e oremos por aqueles que nos perseguem e nos caluniam, pois as perseguições que os maus nos fazer suportar fazem parte das nossas provas terrestres. O perdão das ofensas é virtude sublime e o sacrifício do ressentimento é o mais agradável ao Senhor.




Vejamos como o orador Raul Teixeira fala sobre o tema. 






Muita paz.



Cláudia Ferreira



Juventude Casa dos Humildes