1 de abr. de 2010

CHICO XAVIER, O MISSIONÁRIO



O maior e mais prolífico médium psicógrafo do mundo 
em todas as épocas

Francisco Cândido Xavier, nasceu em Pedro Leopoldo,
modesta cidade de Minas Gerais, em 2 de abril de 1910, 
desencarnando no dia 30 de junho de 2002, 
filho de João Cândido Xavier e a mãe Maria João de Deus, 
que tiveram nove filhos: Maria Cândida, Luíza, Carmozina, 
José Cândido, Maria de Lurdes, 
Francisco Cândido, Raymundo, Maria da Conceição e Geralda. 
Sua mãe desencarnou em 1915 e, em 1960, seu pai.


Desde os 4 anos de idade o menino Chico teve a sua vida assinalada por singulares manifestações. De formação católica, o garoto orava com extrema devoção, conforme lhe ensinara sua querida mãezinha, Dona Maria João de Deus, que o deixaria órfão aos 5 anos.


Dentro de grandes conflitos e extremas dificuldades, o menino ia crescendo, sempre puro e sempre bom, incapaz de uma palavra obscena, de um gesto de desobediência. As "sombras" amigas, porém, não o deixavam...

Durante dois anos, Chico viveu com sua madrinha Dona Ritinha, que tinha constantes crises nervosas, castigava Chico com surras que chegaram a acontecer até três vezes ao dia. A vida do menino era cheia de desilusão e provações, o que poderia tê-lo feito um ser revoltado e infeliz; contudo, isso não ocorreu por força da riqueza espiritual que possuía.

Apesar de tantos maus tratos, nunca se ouviu uma só palavra atribuída a Chico Xavier queixando-se de sua madrinha. Ao contrário, ele diz que o temperamento de sua madrinha Rita era benévolo.

Em suas visões, a mãe o aconselhava a ter paciência.  


Em 1917, seu pai casou-se pela segunda vez com Dona Cidália Batista, cuja união fez a família Xavier crescer com o nascimento de mais seis filhos: André Luís, Lucília, Neusa, Cidália, Doralice e João Cândido. Além disso, pelas bênçãos de Deus, Dona Cidália fez questão de reunir todos os filhos de João Cândido. Desse modo, Chico mudou-se para junto deles, para uma convivência de compreensão e carinho por dez anos, entre pai, mãe e quinze filhos! 





Os Espíritos continuavam a aparecerem e enviar mensagens por Chico, mas ele receava ser rotulado de louco se comentasse com alguém as conversas que mantinha com "almas do outro mundo”; embora percebesse o que se passava à sua volva e à sua revelia, não sabia explicar como os fenômenos se davam, inclusive no período de quatro únicos anos de instrução primária que recebeu.


Conta o próprio Chico que, em 1922, no primeiro centenário da Independência do Brasil, todos os alunos tiveram que apresentar uma dissertação sobre a data, e momentos antes de começar a dissertação Chico viu um homem ao seu lado ditando o que deveria escrever. Assustado, foi falar com a professora que o aconselhou a escrever o que ouvira, tranqüilizando-o: "Ninguém lhe disse nada. O que você ouviu veio de sua própria cabeça". Esse trabalho rendeu ao garoto Chico a sua primeira Menção Honrosa.


Era grande a dificuldade que o nosso Chico tinha para conciliar os ensinos Católicos, que lhe foram impostos, com as manifestações mediúnicas só explicadas pelo espiritismo. Contudo, resolveu se dedicar a ler sobre a Doutrina Espírita aos dezessete anos, justamente quando veio a perder sua segunda mãe Dona Cidália, que desencarnou no dia 19 de abril de 1931;  resolvendo seu pai não mais se casar, até sua desencarnação ocorrida em 6 de setembro de 1960, na cidade de Pedro Leopoldo aos 92 anos de idade.

Decidido que estava, Chico aprofunda seus conhecimentos pesquisando Allan Kardec e se dedicando cada vez mais ao desenvolvimento mediúnico. No dia 7 de maio de 1927 participa de sua primeira reunião espírita.

O trabalho de psicografia de Chico Xavier foi iniciado em 8 de julho de 1927, em Pedro Leopoldo. Contando 17 anos de idade, recebeu as primeiras páginas mediúnicas.

Naquela noite dessa memorável data, os Espíritos deram início a um dos trabalhos mais belos de toda a história da humanidade. Foram dezessete folhas de papel preenchidas, celeremente, versando sobre os deveres do espírita-cristão.

Até o ano de 1931, Chico psicografou muitas poesias e mensagens, várias das quais foram publicadas, à revelia do médium, em jornais e revistas de todo o Brasil.



Nesse mesmo ano, tem a oportunidade de ver, pela primeira vez, o Espírito do nobre Benfeitor Emmanuel, seu inseparável mentor espiritual até o último dia de sua estada entre nós.

O conhecido Benfeitor Emmanuel, ao se apresentar ao médium, falou-lhe do trabalho que a espiritualidade tinha pré-estabelecido para eles, e se o Chico aceitasse a missão que era de divulgar o espiritismo, ele precisaria seguir três requisitos fundamentais, sem os quais o trabalho não lograria êxito.


Então lhe fez a seguinte pergunta: − Está você realmente disposto a trabalhar na mediunidade com Jesus?

Sim, se os bons Espíritos não me abandonarem... − respondeu o médium.

− Não será você desamparado − disse-lhe Emmanuel − mas para isso é preciso que você trabalhe, estude e se esforce no bem.

− E o senhor acha que eu estou em condições de aceitar o compromisso? − tornou o Chico.

− Perfeitamente, desde que você procure respeitar os três pontos básicos para o Serviço...

Porque o protetor se calasse, o rapaz perguntou: − Qual é o primeiro?

A resposta veio firme: − Disciplina.

− E o segundo? − Disciplina.

− E o terceiro? − Disciplina.
Orientação de Emmanuel ao Médium
A segunda mais importante orientação de Emmanuel para o médium é assim relembrada por Chico: Lembro-me de que num dos primeiros contatos comigo, ele me preveniu que pretendia trabalhar ao meu lado, por longo tempo, mas que eu deveria, acima de tudo, procurar os ensinamentos de Jesus e as lições de Allan Kardec e, disse mais, que, se um dia, ele, Emmanuel, algo me aconselhasse que não estivesse de acordo com as palavras de Jesus e de Kardec, que eu devia permanecer com Jesus e Kardec, procurando esquecê-lo.  


Em 5 de janeiro de 1959, Chico mudou-se para Uberaba, sob a orientação dos Benfeitores Espirituais, iniciando, nessa mesma data, as atividades mediúnicas, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã. Começando daí em diante à famosa peregrinação que procedia aos sábados, saindo da "Comunhão Espírita Cristã" para visitar pessoalmente alguns lares carentes, levando-lhes a alegria de sua presença amiga, acompanhado por grande número de pessoas também dispostas a esse tipo de trabalho, sob a luz das estrelas e de um lampião que seguia à frente, iluminando as escuras ruas da periferia, ele ia contando fatos de grande beleza espiritual.

As cidades de Pedro Leopoldo e Uberaba estão no coração de Chico em igual plano, como ele sempre disse. Seu amor pelas duas cidades é assim justificado por ele: "Pedro Leopoldo é meu berço e Uberaba é minha bênção".

OS LIVROS



No ano de 1932, saiu, publicado pela FEB, o seu primeiro livro, o até hoje famoso e discutido Parnaso de Além-Túmulo;



Autor de 412 obras, várias delas traduzidas e publicadas em espanhol, esperanto, francês, inglês, japonês, grego etc.

 





Portador de uma moral ilibada, de uma humildade impressionante e de uma simplicidade incontestável, Chico Xavier jamais auferiu vantagens, de qualquer espécie, ou se apropriou de qualquer privilégio advindo da sua incomparável mediunidade.

Chico Xavier é hoje uma figura de projeção nacional e internacional, suas entrevistas despertam a atenção de milhares de pessoas, mesmo alheias ao Espiritismo; em todas as oportunidades em que esteve em programas de TV, respondendo a perguntas das mais diversas, pautou suas respostas pelos postulados espíritas. Foi homenageado com o título de Cidadão Honorário de várias cidades: São José do Rio Preto, São Bernardo do Campo, Franca, Campinas, Santos, Catanduva, em São Paulo; Uberlândia, Araguari e Belo Horizonte, em Minas Gerais; Campos, no Estado do Rio de Janeiro etc.

Foi eleito o “Mineiro do Século”, superando até mesmo personagens de destaque na história do Brasil e do mundo, como Santos Dumont, o pai da aviação. Além disso, a grande prova do reconhecimento popular pelo seu trabalho foi a forte campanha realizada para que recebesse o prêmio Nobel da Paz em 1981. Nesse encalço, aproximadamente dez milhões de brasileiros endossaram a campanha, assinando manifestos e cartas.



Chico voltou à pátria espiritual na noite de 30 de junho de 2002, da maneira que sempre dissera que gostaria de morrer: em dia de alegria para o povo brasileiro. Foi atendido em seu propósito, visto que exatamente nessa data o Brasil conquistava a Copa do Mundo de Futebol pela quinta vez, num domingo inesquecível. Tinha 92 anos de idade, estava com vários problemas de saúde e teve uma parada cardíaca; Chico completaria 75 anos de atividade mediúnica no dia 8 de julho de 2002.

A Paz esteja com todos 


Fonte: Biografias, O Consolador

Juventude Casa dos Humildes











































3 comentários:

EXPOSITOR ESPÍRITA BRUNO TAVARES disse...

Minha querida Genilda, linda a homenagem a esse homem que foi o protótipo do amor na Terra. Que ele onde esteja abençoe a todos nós seus seguidores.

Muito importante também Genilda você sempre passar os links dos artigos novos como fez agora, por email.

Eu queria dizer a todos os amigos que nos lêem, que façam como eu, não apenas leiam os artigos mas comentem todos eles. Valorizemos o trabalho de uma idealista como é nossa irmã Genilda!

Genilda parabéns! Do amigo que te adora, Bruno.

Lúcia Leite disse...

Linda e merecida homenagem, a Chico Xavier, àquele que melhor representou, em nossa época, o ideal de Amor e Caridade ensinados e vivenciados por Jesus, nosso Mestre e Irmão Maior.

Chico Xavier deixou-nos o maior legado que um ser humano pode deixar a seus irmãos, foi um exemplo vivo das pregações do Cristo, vivendo em consonância com suas leis, apesar das limitações físicas impostas pelas diversas enfermidades, superou todas as adversidades sendo um fiel servidor da causa do Cristo, sobrepujando-se a todos os obstáculos advindos e praticando em sua essência o "amai-vos uns aos outros".

Que nós espíritas possamos beber nessa fonte inesgotável de conhecimentos deixados através de sua obra, psicografada com o auxílio dos benfeitores espirituais que continuaram a nos trazer seus ensinamentos através das mãos abençoadas do Chico para nos esclarecer, orientar e consolar na nossa trajetória terrestre.

Deixastes, querido Chico, uma herança sem igual a nós teus irmãos de fé e a todos que sem ranço religioso reconheçam a tua grandeza de apóstolo do Cristo, lídimo representante da Espiritualidade na Terra.

Deus te abençoe Genilda pelo belo trabalho que estais a fazer com este grupo de jovens que integram a Juventude da Casa dos Humildes. Parabéns a todos pelo excelente blog! E que Jesus os abençoem nesta bela caminhada que tens pela frente, levando esclarecimento e consolo a todos os irmãos de jornada. Beijos, Lúcia.

Unknown disse...

Gê,
Realmente maravilhosos são os ensinamentos que nosso querido Chico nos deixou.
Conhecer sempre um pouca mais de sua história é realmente fortelecedor.
Mesmo diante se suas dificuldades, a sua perseverança e a sua fé sempre foi inabalável.

Disciplina, disciplina, disciplina.

Adorei..bjs.
Linney