6 de set. de 2009

Sonambulismo, Êxtase e Dupla Vista

Para o Espiritismo, o sonambulismo é mais do que um fenômeno fisiológico é uma luz projetada sobre a Psicologia. É nele que se pode estudar a alma, porque é nele que se mostra a descoberto. Ora, um dos fenômenos pelos quais ela se caracteriza é o da clarividência, independente dos órgãos comuns da visão. Os que contestam o fato se fundam em que o sonâmbulo não vê sempre, e à vontade dos experimentadores, como através dos olhos. Seria de admirar que os meios sendo diferentes, os efeitos não sejam os mesmos? Seria racional buscar efeitos semelhantes, quando não existe o instrumento? A alma tem as suas propriedades, como os olhos têm as deles; é preciso julgá-los em si mesmos, e não por analogia.

O estado designado pelo nome de sonambulismo magnético não difere do sonambulismo natural, senão pelo fato de ser provocado, enquanto o outro é espontâneo.

O êxtase é o estado pela qual a independência entre a alma e o corpo se manifesta da maneira mais sensível, e se torna, de certa forma palpável.

No sonho e no sonambulismo a alma erra pelos mundos terrestres; no êxtase, ela penetra um mundo desconhecido, o dos Espíritos etéreos com os quais entre em comunicação, sem, entretanto poder ultrapassar certos limites, que ela não poderia transpor sem romper inteiramente os laços que ligam ao corpo.

A emancipação da alma se manifesta às vezes no estado de vigília,e produz o fenômeno designado pelos nome de dupla vista, que dá aos que o possuem a faculdade de ver, ouvir e sentir alem dos limites dos nossos sentidos.

Eles percebem as coisas ausentes, por toda à parte, até onde a alma possa estender a sua ação, vêem, por assim dizer através da vida ordinária, como por uma espécie de miragem.

O sonambulismo natural e artificial, o êxtase e a dupla vista, não são mais do que variedades ou modificações de uma mesma causa. Esses fenômenos, da mesma maneira que os sonhos, pertencem à ordem natural. Eis porque existiram desde todos os tempos: a história nos mostra que eles foram conhecidos, e até explorados, desde a mais alta Antiguidade, e neles se encontra a explicação de uma infinidade de fatos que os preconceitos fizeram passar como sobrenaturais.

Fonte: Livros dos Espíritos – Capítulo VIII – Emancipação da alma


Deve-se Acordar um Sonâmbulo?

Os sonâmbulos fazem as coisas mais estranhas. Há histórias daqueles que saem de casa só com a roupa de baixo, ou que se levantam para cozinhar e depois voltam para a cama sem nem mesmo provar a comida. Um aviso sério muitas vezes acompanha esses relatos: acordar um sonâmbulo pode matá-lo! No entanto, as chances de se matar alguém com esse problema com o choque do despertar repentino são tão grandes quanto a de alguém morrer ao sonhar com a morte. Embora seja verdade que acordar um sonâmbulo, especialmente à força, pode estressá-lo, pensar que alguém poderia morrer por causa de um choque como esse é uma crença totalmente falsa, diz Michael Salemi do Centro Califórnia para Distúrbios do Sono. “Você pode assustar um sonâmbulo, e ele pode ficar muito desorientado e ter reações violentas ou confusas, mas nunca ouvi falar de nenhum caso documentado de alguém que tenha morrido ao ser despertado”. O perigo do sonambulismo está mais ligado àquilo que o sonâmbulo pode encontrar ao sair por aí em seus devaneios noturnos.

O sonambulismo faz parte de uma categoria maior de distúrbios relacionados ao sono, conhecidos como parassonias, incluindo terrores noturnos, distúrbio de comportamento do sono paradoxal, síndrome das pernas inquietas e sonambulismo. Para a maioria das pessoas, o sonambulismo consiste de atividades corriqueiras como sentar-se na cama, andar a passos lentos pela casa e vestir-se ou tirar a roupa. Uma minoria manifesta comportamentos mais complexos, como preparar refeições, fazer sexo, pular janelas e dirigir – enquanto na verdade ainda estão dormindo. Esses episódios podem durar alguns segundos ou se estender por 30 minutos ou até mais.

“O sonâmbulo está meio dormindo e meio acordado”, afirma Carlos Schenck da University of Minnesota, “O cérebro produz ondas delta e teta, o que demonstra realmente que a pessoa está em um estado de atividade noturna”. Normalmente o sonambulismo ocorre durante o terceiro e o quarto estágio do sono não-REM, os estágios mais profundos, caracterizados por um sono de ondas baixas, ou delta, e pouco sonhos ou nenhum.

Fonte: AME

Vinícius Viana

2 comentários:

Juventude Casa dos Humildes disse...

Parabéns Vinícius, continue estudando e se dedicando ao seu crescimento espiritual. Um abraço fraterno, Genilda.

Andrew Black disse...

Continuem o bom trabalho!