No último domingo, 19, estudamos em nossa sala de aula o tema: Qualidade de um bom médium.
Lembramos o que diz Edgard Armond em seu livro Mediunidade: A reencarnação, para a maioria dos Espíritos inferiores, é padronizada e compulsória, porém para médiuns e Espíritos mais esclarecidos cada caso é estudado e providenciado individualmente, com assistência do interessado.
Emmanuel, esclarece que a primeira necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, pois, de outro modo poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão. (O Consolador, Emmanuel/Chico Xavier) .
As qualidades que, de preferência, atraem os bons Espíritos são: a bondade, a benevolência, a simplicidade do coração, o amor do próximo, o desprendimento das coisas materiais.
Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria.
No curso do ESDEM aprendemos tópicos importante para a Educação da Mediunidade, como:
Necessidade de amparo espiritual;
Necessidade de estudo;
Necessidade de auto-conhecimento e moralização;
Necessidade do trabalho contínuo no bem;
Necessidade de aprender a relacionar-se com o mundo espiritual;
A mediunidade não deve ser profissionalizada.
Salientamos que, a educação da mediunidade é um trabalho para toda a vida. Começa antes da reencarnação, continua nela, prossegue no além-túmulo.
Qual a importância do estudo para a prática mediúnica?
Divaldo Franco: O sentir que caracteriza a experiência dos médiuns representa apenas o ponto de partida para a comunicação, mas não o processo inteiro. Se o médium tem experiência, se armazenou informações ao longo do tempo, isso facilitará a comunicação por seu intermédio.
O médium tem obrigação de estudar muito, observar intensamente e trabalhar em todos os instantes pela sua própria iluminação.
O estudo proporcionará conhecimento ao médium, orientando-o a respeito da natureza dos Espíritos que utilizarão sua faculdade mediúnica.
Extrairmos duas perguntas importantes do livro dos Médiuns.
Influência Moral dos Médiuns
O desenvolvimento da mediunidade guarda relação com o desenvolvimento moral dos médiuns?
"Não; a faculdade propriamente dita se radica no organismo; independe da moral. O mesmo, porém, não se dá com o seu uso, que pode ser bom, ou mau, conforme as qualidades do médium."
Sempre se há dito que a mediunidade é um dom de Deus, uma graça, um favor. Por que, então, não constitui privilégio dos homens de bem e por que se vêem pessoas indignas que a possuem no mais alto grau e que dela usam mal? "Todas as faculdades são favores pelos quais deve a criatura render graças a Deus, pois que homens há privados delas. Poderias igualmente perguntar por que Concede Deus vista magnífica a malfeitores, destreza a gatunos, eloqüência aos que dela se servem para dizer coisas nocivas. O mesmo se dá com a mediunidade. Se há pessoas indignas que a possuem, é que disso precisam mais do que as outras, para se melhorarem. Pensas que Deus recusa meios de salvação aos culpados? Ao contrário, multiplica-os no caminho que eles percorrem; põe-nos nas mãos deles. Cabe-lhes aproveitá-los. Judas, o traidor, não fez milagres e não curou doentes, como apóstolo? Deus permitiu que ele tivesse esse dom, para mais odiosa tornar aos seus próprios olhos a traição que praticou."
Em Os Mensageiros, André Luiz nos fala do Centro de Mensageiros, Ministério da Comunicação, local de preparação dos Médiuns e Doutrinadores.
Longas fileiras de médiuns e doutrinadores para o mundo carnal partem daqui, com as necessárias instruções, porque os benfeitores da Espiritualidade Superior, para intensificarem a redenção humana, precisam de renúncia e de altruísmo. Quando os mensageiros se esquecem do espírito missionário e da dedicação aos semelhantes, costumam transformar-se em instrumentos inúteis.
A expressão mediúnica pode ser riquíssima; no entretanto, se o dono não consegue olhar além dos interesses próprios, fracassará fatalmente na tarefa que lhe foi conferida.
Concluirmos que, a mediunidade está dentro do nosso planejamento reencarnatório e, que participamos dele. Aprendemos que precisamos da colaboração da espiritualidade amiga que está a frente dos trabalhos do Centro Espírita, do estudo contínuo, do trabalho no bem, fazer nossa reforma intima e, principalmente, dá de graça o que de graça recebemos por missericordia Divina, porque a mediunidade é coisa santa e com ela devemos suavizar os sofrimentos alheios e nos redimir (leia em Os mensageiros - A Queda de Otávio, capítulo VII).
É bom estarmos cientes que esses ensinamentos não compete só ao médium que chamamos de ostensivo, mas a todos os trabalhadores do Centro Espírita, pois somos médiuns em nossa tarefa do passe, da vibração, da fluidificação da água e também na oratória.
Genilda Medeiros
Juventude Casa dos Humildes