15 de out. de 2010

O HOMEM DE BEM

Neste ano trabalhamos como tema para nossa gincana "O Homem de Bem". Arrecadamos fraldas geriaticas e leite para as vovozinhas. Mas não só isso, o amor, o respeito, a amizade, o servir, o ser útil.

Em nossos encontros semanais na Evangelização, o estudo da Doutrina nos fortaleze, nos responde, nos faz crescer, nos faz enxegar muito além dos nossos probleminhas diários.  Nos coloca no caminho do Homem de Bem. Que Deus abençoe a todos.



Genilda Medeiros

Juventude Casa dos Humildes

25 de set. de 2010

MEDIUNIDADE E MÉDIUM

Podemos assim definir: Médium quer dizer medianeiro, intermediário. Mediunidade é a faculdade humana, natural, pela qual o médium se comunica com o mundo invisível ou mundo espiritual.


Vejamos o que diz Kardec em Obras Póstumas, capitulo que fala sobre Manifestações dos Espíritos.


Médiuns são pessoas aptas a sentir a influência dos Espíritos e a transmitir os pensamentos destes. Toda pessoa que, num grau qualquer, experimente a influência dos Espíritos é, por esse simples fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem e, por conseguinte, não constitui privilégio exclusivo, donde se segue que poucos são os que não possuam um rudimento de tal faculdade. Pode-se, pois, dizer que toda gente, mais ou menos, é médium. Contudo, segundo o uso, esse qualificativo só se aplica àqueles em quem a faculdade mediúnica se manifesta por efeitos ostensivos, de certa intensidade.


O fluido perispirítico é o agente de todos os fenômenos espíritas, que só se podem produzir pela ação recíproca dos fluidos que emitem o médium e o Espírito. O desenvolvimento da faculdade mediúnica depende da natureza mais ou menos expansiva do perispírito do médium e da maior ou menor facilidade da sua assimilação pelo dos Espíritos; depende, portanto, do organismo e pode ser desenvolvida quando exista o princípio; não pode, porém, ser adquirida quando o princípio não exista. A predisposição mediúnica independe do sexo, da idade e do temperamento. Há médiuns em todas as categorias de indivíduos, desde a mais tenra idade, até a mais avançada.


As relações entre os Espíritos e os médiuns se estabelecem por meio dos respectivos perispíritos, dependendo a facilidade dessas relações do grau de afinidade existente entre os dois fluidos. Alguns há que se combinam facilmente, enquanto outros se repelem, donde se segue que não basta ser médium para que uma pessoa se comunique indistintamente com todos os Espíritos. Há médiuns que só com certos Espíritos podem comunicar-se ou com Espíritos de certas categorias, e outros que não o podem a não ser pela transmissão do pensamento, sem qualquer manifestação exterior.



Por meio da combinação dos fluidos perispiríticos o Espírito, por assim dizer, se identifica com a pessoa que ele deseja influenciar; não só lhe transmite o seu pensamento, como também chega a exercer sobre ela uma influência física, fazê-la agir ou falar à sua vontade, obrigá-la a dizer o que ele queira, servir-se, numa palavra, dos órgãos do médium, como se seus próprios fossem. Pode, enfim, neutralizar a ação do próprio Espírito da pessoa influenciada e paralisar-lhe o livre-arbítrio. Os bons Espíritos se servem dessa influência para o bem, e os maus para o mal.


Podem os Espíritos manifestar-se de uma infinidade de maneiras, mas não o podem senão com a condição de acharem uma pessoa apta a receber e transmitir impressões deste ou daquele gênero, segundo as aptidões que possua. Ora, como não há nenhuma que possua no mesmo grau todas as aptidões, resulta que umas obtêm efeitos que a outras são impossíveis. Dessa diversidade de aptidões decorre que há diferentes espécies de médiuns.


Nem sempre é necessária a intervenção da vontade do médium. O Espírito que quer manifestar-se procura o indivíduo apto a receber-lhe a impressão e dele se serve, muitas vezes a seu mau grado. Outras pessoas, ao contrário, conscientes de suas faculdades, podem provocar certas manifestações. Daí duas categorias de médiuns: médiuns inconscientes e médiuns facultativos. No caso dos primeiros, a iniciativa é dos Espíritos; no segundo, é dos médiuns.

 
Os médiuns facultativos só se encontram entre pessoas que têm conhecimento mais ou menos completo dos meios de comunicação com os Espíritos, o que lhes possibilita servir-se, por vontade própria, de suas faculdades; os médiuns inconscientes, ao contrário, existem entre as que nenhuma idéia fazem do Espiritismo, nem dos Espíritos, até mesmo entre as mais incrédulas e que servem de instrumento, sem o saberem e sem o quererem. Os fenômenos espíritas de todos os gêneros podem operar-se por influência destes últimos, que sempre existiram, em todas as épocas e no seio de todos os povos. A ignorância e a credulidade lhes atribuíram um poder sobrenatural e, conforme os tempos e os lugares, fizeram deles santos, feiticeiros, loucos ou visionários. O Espiritismo mostra que com eles apenas se dá a manifestação espontânea de uma faculdade natural.



Entre as diferentes espécies de médiuns, distinguem-se principalmente: os de efeitos físicos; os sensitivos ou impressionavéis; os audientes; falantes ou psicofônicos; videntes; inspirados; sonambúlicos; curadores; escreventes ou psicógrafos. Em outra oportunidade estudaremos cada uma dessas espécies de médiuns.

Mas, por que Chico Xavier foi considerado a maior antena mediunica?

A extraordinária faculdade mediúnica de Chico Xavier está comprovada pelos 412 livros psicografados de grande número de autores espirituais e, de elevada categoria, que por seu intermédio se manifestam, várias delas traduzidas e publicadas em castelhano, esperanto, francês, inglês, japonês, grego, etc.



Vários de seus livros foram adaptados para encenação no palco e sob a forma de radionovelas, telenovelas e agora no cinema. Além da psicografia, Chico era portador outras tipos de manifestações mediúnicas tais como: psicofonia, vidência, audiência, receitista, manifestações físicas e outras.


Vamos ouvir uma entrevista de um grande amigo de Chico Xavier.






Fiquem em Paz

Genilda Medeiros

Juventude Casa dos Humildes

19 de set. de 2010

QUALIDADE DE UM BOM MÉDIUM

Hoje, vamos começar nosso estudo ouvindo o médium e grande divulgador da Doutrina Espírita, Divaldo Pereira Franco.



Kardec nos esclarece no livro dos Médiuns, cap. VXI, Médiuns Especiais:

A natureza das comunicações guarda sempre relação com a natureza do Espírito e traz o cunho da sua elevação, ou da sua inferioridade, de seu saber, ou de sua ignorância.


Para que uma comunicação seja boa, preciso é que proceda de um Espírito bom; para que esse bom Espírito a POSSA transmitir indispensável lhe é um bom instrumento; para que QUEIRA transmiti-la, necessário se faz que o fim visado lhe convenha.

Dessa maneira, Emmanuel, esclarece que a primeira necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, pois, de outro modo poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão. (O Consolador, Emmanuel/Chico Xavier)

As qualidades que, de preferência, atraem os bons Espíritos são: a bondade, a  benevolência, a simplicidade do coração, o amor do próximo, o desprendimento das coisas materiais.

Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria.

O desenvolvimento da mediunidade guarda relação com o desenvolvimento moral dos médiuns? (O Livro dos Médiuns, cap. XX, item 226)

"Não; a faculdade propriamente dita se radica no organismo; independe da moral. O mesmo, porém, não se dá com o seu uso, que pode ser bom, ou mau, conforme as qualidades do médium."

A mediunidade está ligada ao corpo pelo espírito que a ele se liga, mas não pertence ao corpo e sim ao perispírito, enquanto estivermos encarnados faz parte do corpo e permite a ligação do espírito comunicante com o perispírito do médium. A questão moral não surge da faculdade mediúnica mas da sua consciência. (mediunidade, Herculano Pires)

Se o médium, do ponto de vista da execução, não passa de um instrumento, exerce, todavia, influência muito grande, sob o aspecto moral. Pois que, para se comunicar, o Espírito desencarnado se identifica com o Espírito do médium, esta identificação não se pode verificar, senão havendo, entre um e outro, simpatia e, se assim é lícito dizer-se, afinidade.

A alma exerce sobre o Espírito livre uma espécie de atração, ou de repulsão, conforme o grau da semelhança existente entre eles. Ora, os bons têm afinidade com os bons e os maus com os maus, donde se segue que as qualidades morais do médium exercem influência capital sobre a natureza dos Espíritos que por ele se comunicam.

Se o médium é vicioso, em torno dele se vêm grupar os Espíritos inferiores, sempre prontos a tomar o lugar aos bons Espíritos evocados.

Sob o ponto de vista da assistência espiritual, contudo, o fator moral é indispensável. Médiuns moralizados contam com o amparo de Espíritos Superiores.

O médium moralizado terá a vida de um homem de bem. Será humilde, sincero, paciente, perseverante, bondoso, estudioso, trabalhador, desinteressado.

Quanto mais se lhe acentuam o aperfeiçoamento e a abnegação, a cultura e o desinteresse, mais se lhe sutilizam os pensamentos, e, com isso, mais se lhe aguçam as percepções mediúnicas, que se elevam a maior demonstração de serviço, de acordo com as suas disposições individuais.

Pergunta a Divaldo Franco: Qual a importância do estudo para a prática mediúnica?

O sentir que caracteriza a experiência dos médiuns representa apenas o ponto de partida para a comunicação, mas não o processo inteiro. Se o médium tem experiência, se armazenou informações ao longo do tempo, isso facilitará a comunicação por seu intermédio.

Kardec pergunta (O Livro dos Médiuns, cap. XX, item 226):

Sempre se há dito que a mediunidade é um dom de Deus, uma graça, um favor. Por que, então, não constitui privilégio dos homens de bem e por que se vêem pessoas indignas que a possuem no mais alto grau e que dela usam mal?

"Todas as faculdades são favores pelos quais deve a criatura render graças a Deus, pois que homens há privados delas. Poderias igualmente perguntar por que Concede Deus vista magnífica a malfeitores, destreza a gatunos, eloqüência aos que dela se servem para dizer coisas nocivas. O mesmo se dá com a mediunidade. Se há pessoas indignas que a possuem, é que disso precisam mais do que as outras, para se melhorarem. Pensas que Deus recusa meios de salvação aos culpados? Ao contrário, multiplica-os no caminho que eles percorrem; põe-nos nas mãos deles. Cabe-lhes aproveitá-los. Judas, o traidor, não fez milagres e não curou doentes, como apóstolo? Deus permitiu que ele tivesse esse dom, para mais odiosa tornar aos seus próprios olhos a traição que praticou."


O QUE FAZ UM MÉDIUM FRACASSAR

A partir dessa compreensão, fica claro que todas as imperfeições morais são outras tantas portas abertas ao acesso dos maus Espíritos. A que, porém, eles exploram com mais facilidade é o orgulho, porque é a que a criatura menos confessa a si mesma.

O orgulho tem perdido muitos médiuns dotados das mais belas faculdades e que, se não fora essa imperfeição, teriam podido tornar-se instrumentos notáveis e muito úteis, ao passo que, presas de Espíritos mentirosos, suas faculdades, depois de se haverem pervertido, aniquilaram-se e mais de um viu humilhado por amaríssimas decepções.

Portanto, o primeiro inimigo do médium reside dentro dele mesmo. Freqüentemente é o personalismo, é a ambição, a ignorância ou a rebeldia no voluntário desconhecimento dos seus deveres à luz do Evangelho, fatores de inferioridade moral que, não raro, o conduzem à invigilância, à leviandade e à confusão dos campos improdutivos.

O orgulho, nos médiuns, traduz-se por sinais inequívocos, a cujo respeito tanto mais necessário é se insista, quanto constitui uma das causas mais fortes de suspeição, no tocante à veracidade de suas comunicações.

Começa por uma confiança cega nessas mesmas comunicações e na infalibilidade do Espírito que lhas dá. Daí um certo desdém por tudo o que não venha deles: é que julgam ter o privilégio da verdade.

O prestígio dos grandes nomes, com que se adornam os Espíritos tidos por seus protetores, os deslumbra e, como neles o amor próprio sofreria, se houvessem de confessar que são ludibriados, repelem todo e qualquer conselho; evitam-nos mesmo, afastando-se de seus amigos e de quem quer que lhes possa abrir os olhos. Se condescendem em escutá-los, nenhum apreço lhes dão às opiniões, porquanto duvidar do Espírito que os assiste fora quase uma profanação.

Aborrecem-se com a menor contradita, com uma simples observação crítica e vão às vezes ao ponto de tomar ódio às próprias pessoas que lhes têm prestado serviço. Por favorecerem a esse insulamento a que os arrastam os Espíritos que não querem contraditores, esses mesmos Espíritos se comprazem em lhes conservar as ilusões, para o que os fazem considerar coisas sublimes as mais polpudas absurdidades. Assim, confiança absoluta na superioridade do que obtém, desprezo pelo que deles não venha, irrefletida importância dada aos grandes nomes, recusa de todo conselho, suspeição sobre qualquer crítica, afastamento dos que podem emitir opiniões desinteressadas, crédito em suas aptidões, apesar de inexperientes: tais as características dos médiuns orgulhosos.

Devemos também convir em que, muitas vezes, o orgulho é despertado no médium pelos que o cercam. Se ele tem faculdades um pouco transcendentes, é procurado e gabado e entra a julgar-se indispensável. Logo toma ares de importância e desdém, quando presta a alguém o seu concurso. Mais de uma vez tivemos motivo de deplorar elogios que dispensamos a alguns médiuns, com o intuito de os animar.

Algumas perguntas feitas por Kardec aos Espírtos Superiores:

• Os médiuns, que fazem mau uso das suas faculdades, que não se servem delas para o bem, ou que não as aproveitam para se instruírem, sofrerão as conseqüências dessa falta?



"Se delas fizerem mau uso, serão punidos duplamente, porque têm um meio a mais de se esclarecerem e o não aproveitam. Aquele que vê claro e tropeça é mais censurável do que o cego que cai no fosso."



• Há médiuns aos quais, espontaneamente e quase constantemente, são dadas comunicações sobre o mesmo assunto, sobre certas questões morais, por exemplo, sobre determinados defeitos. Terá isso algum fim?


"Tem, e esse fim é esclarecê-lo sobre o assunto freqüentemente repetido, ou corrigi-los de certos defeitos. Por isso é que a uns falarão continuamente do orgulho, a outros, da caridade. E que só a saciedade lhes poderá abrir, afinal, os olhos. Não há médium que faça mau uso da sua faculdade, por ambição ou interesse, ou que a comprometa por causa de um defeito capital, como o orgulho, o egoísmo, a leviandade, etc., e que, de tempos a tempos, não receba admoestações dos Espíritos. O pior é que as mais das vezes eles não as tomam como dirigidas a si próprios."


• Visto que as qualidades morais do médium afastam os Espíritos imperfeitos, como é que um médium dotado de boas qualidades transmite respostas falsas, ou grosseiras?



"Conheces, porventura, todos os escaninhos da alma humana? Demais, pode a criatura ser leviana e frívola, sem que seja viciosa. Também isso se dá, porque, às vezes, ele necessita de uma lição, a fim de manter-se em guarda."



• Por que permitem os Espíritos superiores que pessoas dotadas de grande poder, como médiuns, e que muito de bom poderiam fazer, sejam instrumentos do erro?


"Os Espíritos de que falas procuram influenciá-las; mas, quando essas pessoas consentem em ser arrastadas para mau caminho, eles as deixam ir. Daí o servirem-se delas com repugnância, visto que a verdade não pode ser interpretada pela mentira".

 
• Será absolutamente impossível se obtenham boas comunicações por um médium imperfeito?

"Um médium imperfeito pode algumas vezes obter boas coisas, porque, se dispõe de uma bela faculdade, não é raro que os bons Espíritos se sirvam dele, à falta de outro, em circunstâncias especiais; porém, isso só acontece momentaneamente, porquanto, desde que os Espíritos encontrem um que mais lhes convenha, dão preferência a este."

 
• Qual o médium que se poderia qualificar de perfeito?

"Perfeito, ah! bem sabes que a perfeição não existe na Terra, sem o que não estaríeis nela. Dize, portanto, bom médium e já é muito, por isso que eles são raros. Médium perfeito seria aquele contra o qual os maus Espíritos jamais ousassem, uma tentativa de enganá-lo. O melhor é aquele que, simpatizando somente com os bons Espíritos, tem sido o menos enganado."

Agora dá para entender a orientação de Emmamuel para o  médium Chico Xavier:

DISCIPLINA, DISCIPLINA E DISCIPLINA

Disciplina significa: relação de subordinação ao mestre ou ao instrutor; observâncias de preceitos ou normais; submissão a um regulamento.

Que Jesus nos abençoe.


Genilda Medeiros
Juventude Casa dos Humildes


11 de set. de 2010

A ECLOSÃO DA MEDIUNIDADE

Jovens, realizei uma pesquisa sobre a Mediunidade e, vamos estudar a partir de hoje de forma clara para que possa ajudar a todos que se iniciam nesse labor.


 

Primeiro de tudo devemos saber que a Mediunidade é uma faculdade humana, natural, pela qual se estabelecem as relações entre homens e espíritos.


Desenvolve-se naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para a captação mental e sensorial das coisas e fatos do mundo espiritual que nos cerca e nos afeta com as vibrações psíquicas e afetivas.


Geralmente seu desenvolvimento é cíclico, ou seja, processa-se por etapas sucessivas, em forma de espiral. As crianças a possuem, por assim dizer, à flor da pele, mas resguardada pela influência benéfica e controladora dos espíritos protetores, que as religiões chamam de anjos da guarda.


 
Na fase infantil as manifestações mediúnicas são mais de caráter anímico; a criança projeta a sua alma nas coisas e nos seres que a rodeiam, recebem as intuições orientadoras dos seus protetores, às vezes vêm e denunciam a presença de espíritos e não raro transmitem avisos e recados dos espíritos aos familiares, de maneira positiva e direta ou de maneira simbólica e indireta. Quando passa dos sete ou oito anos integram-se melhor no condicionamento da vida terrena, desligando-se progressivamente das relações espirituais e dando mais importância às relações humanas.


O espírito se ajusta no seu escafandro para enfrentar os problemas do mundo. Fecha-se o primeiro ciclo mediúnico, para a seguir abrir-se o segundo. Considera-se então que a criança não tem mediunidade, a fase anterior é levada à conta da imaginação e da fabulação infantis.


É importante nesta fase que a criança seja encaminhada à Evangelização Espírita, para ser auxiliada mais efetivamente.


É geralmente na adolescência, a partir dos doze ou treze anos, que se inicia o segundo ciclo. No primeiro ciclo só se deve intervir no processo mediúnico com preces e passes, para abrandar as excitações naturais da criança, quase sempre carregadas de reminiscência estranhas do passado carnal ou espiritual. Na adolescência o seu corpo já amadureceu o suficiente para que as manifestações mediúnicas se tornem mais intensas e positivas. É tempo de encaminhá-la com informações mais precisas sobre o problema mediúnico. Não se deve tentar o seu desenvolvimento em sessões, a não ser que se trate de um caso obsessivo. Mas mesmo nesse caso é necessário cuidado para orientar o adolescente sem excitar a sua imaginação, acostumado-o ao processo natural regido pelas leis do crescimento.


O passe, a prece, as reuniões para estudo doutrinário são os meios de auxiliar o processo sem forçá-lo, dando-lhe a orientação necessária. Certos adolescentes integram-se rápida e naturalmente na nova situação e se preparam a sério para a atividade mediúnica. Outros rejeitam a mediunidade e procuram voltar-se apenas para os sonhos juvenis. É a hora das atividades lúdicas, dos jogos e esportes, do estudo e aquisição de conhecimentos gerais, da integração mais completa na realidade terrena. Não se deve forçá-los, mas apenas estimulá-los no tocante aos ensinos espíritas.


No caso de manifestações espontâneas da mediunidade é conveniente reduzi-las ao círculo privado da família ou de um grupo de amigos nas instituições juvenis, até que a sua mediunidade se defina, impondo-se por si mesma.


O terceiro ciclo ocorre geralmente na passagem da adolescência para a juventude, entre os dezoito e vinte e cinco anos. É o tempo, nessa fase, dos estudos sérios do Espiritismo e da Mediunidade, bem como da prática mediúnica livre, nos centros e grupos espíritas. Se a mediunidade não se definiu devidamente, não se deve ter preocupações. Há processos que demoram até aproximadamente dos 30 anos, da maturidade corporal, para a verdadeira eclosão da mediunidade. Basta mantê-lo em ligação com as atividades espíritas, sem forçá-lo. Se ele não revela nenhuma tendência mediúnica, o melhor é dar-lhe apenas acesso a atividades sociais ou assistências.


As sessões de educação mediúnica (impropriamente chamadas de desenvolvimento) destinam-se apenas a médiuns já caracterizados por manifestações espontâneas, portanto, já desenvolvidos.


Há um quarto ciclo, correspondente a mediunidades que só aparecem após a maturidade, na velhice ou na sua aproximação. Trata-se de manifestações que se tornam possíveis devido às condições da idade: enfraquecimento físico, permitindo mais fácil expansão das energias perispiríticas; maior introversão da mente, com a diminuição de atividades da vida prática, estado de apatia neuropsíquica, provocando pelas mudanças orgânicas do envelhecimento.


Esses fatores permitem maior desprendimento do espírito e seu relacionamento com entidades desencarnadas. Esse tipo de mediunidade tardia tem pouca duração, constituindo uma espécie de preparação mediúnica para a morte. Restringe-se a fenômenos de vidência, comunicação oral, intuição, percepção extra-sensorial e psicografia.


Embora seja uma preparação, a morte pode demorar vários anos, durante os quais o espírito se adapta aos problemas espirituais com que não se preocupou no correr da vida. Esses fatos comprovam o conceito de mediunidade como simples modalidade do relacionamento homem-espírito. A velhice nos devolve à proximidade do mundo espiritual, em posição semelhante à das crianças.
 
 


A Mediunidade surge na época apropriada e definida no planejamento reencarnatório do indivíduo. No momento certo desprende-se do corpo uma irradiação fluídica-nervosa. Essa radiação possui um brilho e, nos envolve numa espécie de luz espiritual. Desta forma, os Espíritos sofredores, buscando alívio, são irresistivelmente atrídos por essa luz.
 
 
Os sinais ou sintomas que anunciam a mediunidade variam ao infinito: sensação de enfermidade, só aparente; sensação de peso na cabeça e nos ombros; sensação de cansaço geral; nervosismo; irritações estranhas; insônia; arrepios, como se percebessemos passar por nós alguma coisa desagradavelmente fria; profunda tristeza ou excessiva alegria sem sabermos o por que...
 
É bom esclarecer que não é a Mediunidade que gera o distúrbio no organismo, mas a ação fluídica dos Espíritos que o corpo do médium armazena.
 
Por outro lado, quando a ação espiritual é salutar, uma aura de paz e de bem-estar envolve o medianeiro, auxiliando-o na preservação das forças que o nutrem e sustetam durante a existência física.
 
 
A mediunidade é a manifestação do espírito através do corpo. No ato mediúnico tanto se manifesta o espírito do médium como um espírito ao qual ele atende e serve. Os problemas mediúnicos consistem, portanto, simplesmente na disciplinação das relações espírito-corpo. É o que chamamos de educação mediúnica. Na proporção em que o médium aprende como espírito, a controlar a sua liberdade e a selecionar as suas relações espirituais, sua mediunidade se aprimora e se torna segura. Assim o bom médium é aquele que mantêm o seu equilíbrio psicofísico e procede na vida de maneira a criar para si mesmo um ambiente espiritual de moralidade, amor e respeito pelo próximo.



O médium deve ser espontâneo, natural, uma criatura humana normal, que não tem motivos para se julgar superior aos outros. As mudanças interiores da criatura decorrem de suas experiências na existência, experiências vitais e consciências que produzem mudanças profundas na visão íntima do mundo e da vida.




O momento da eclosão da faculdade mediúnica no Espírito encarnado é de fundamental importância, uma vez que essa faculdade poderá proporcionar benefícios ao próprio encarnado e ao próximo, se bem orientada e amparada fraternalmente.


Deve-se considerar, no entanto, que nem sempre  a pessoa é convenientemente assistida logo que desabrocha a mediunidade; seja por ignorância a respeito do assunto, o que é mais comum, seja por desinteresse ou desatenção dos familiares ou dos amigos.


Os conflitos são grandes, muitas vezes não tem o conhecimento da Doutrina dos Espíritos e nuncam foram ao Centro Espírita. Primeiramente, buscam ajuda aos médicos e psicólogos e, por último ao Espiritismo.


Quando chegam ao Centro Espírita estão desnoteados e cheios de preconceitos, mas querendo que o Centro resolva seus problemas. Neste momento, são orientados para o tratamento espiritual através de passes, água fluidificada e reuniões de estudos evangélicos.


O trabalhador da casa necessita ter paciência e conquistar a confiança daquele que procura o Centro Espírita oferecendo o estudo e educação da mediunidade para que possa servir na seara do Cristo.


O médium que se dispôs a iniciar o seu exercício, deve ter a consciência da importância e da significação dessa faculdade.


Por isso mesmo, os amigos desencarnados, sempre que responsáveis e conscientes dos próprios deveres diante das Leis Divinas, estarão entre os homens exortando-os à bondade e ao serviço, ao estudo e ao discemimento, porque a força mediuníca, em verdade, não ajuda e nem edifica quando esteja distante da caridade e ausente da educação.


Referências: Mediunidade, Herculano Pires; A Mediunidade sem Lagrimas, Eliseu Rigonatti; Médium e Mediunidade, Espírito Viana de Carvalho; Seara dos Médiuns, Espírito Emmanuel. 








Genilda Medeiros
Juventude Casa dos Humildes






25 de jul. de 2010

Yvonne do Amaral Pereira

Biografia de Yvonne do Amaral Pereira




A Infância de Yvonne:

Yvonne do Amaral Pereira nasceu na antiga Vila de Santa Tereza de Valença, hoje Rio das Flores, sul do Estado do Rio de Janeiro, em 24/12/1900, às 6 horas da manhã. O pai um pequeno negociante, Manoel José Pereira Filho e a mãe, Elizabeth do Amaral Pereira. Teve 5 irmãos mais moços e um mais velho, filho do primeiro casamento da mãe.


Aos 29 dias de nascida depois de um acesso de tosse, sobreveio uma sufocação que a deixou como morta (catalepsia ou morte aparente). O fenômeno foi fruto dos muitos complexos que carregava no espírito, já que, na última existência terrestre, morrera afogada por suicídio. Durante 6 horas permaneceu nesse estado. O médico e o farmacêutico atestaram morte por sufocação. O velório foi preparado. A suposta defunta foi vestida com grinalda e vestido branco e azul. O caixãozinho branco foi encomendado. A mãe se retirou a um aposento, onde fez uma sincera e fervorosa prece a Maria de Nazaré, pedindo para que a situação fosse definida, pois, não acreditava que a filha estivesse morta. Instantes depois, a criança acorda aos prantos. Todos os preparativos foram desfeitos. O funeral foi cancelado e a vida seguiu seu curso normal. Este episódio de catalepsia viria a repetir-se várias vezes ao longo da sua vida, isso deveu-se as muitas perturbações que seu espírito trazia. A sua infância também foi marcada por um forte sentimento de culpa devido às lembranças que Yvonne tinha das suas vidas passadas.


A família de Yvonne:

O pai, generoso de coração, desinteressado dos bens materiais, entrou em falência por três vezes, pois favorecia os fregueses em prejuízo próprio. Mas tarde, tornou-se funcionário público, cargo que ocupou até sua desencarnação, em 1935. O lar sempre foi pobre e modesto, conheceu dificuldades inerentes ao seu estado social, o que, segundo ela, a beneficiou muito, pois bem cedo alheou-se das vaidades mundanas e compreendeu as necessidades do próximo. O exemplo de conduta dos pais teve influência capital no futuro comportamental da médium. Era comum albergar na casa pessoas necessitadas e mendigos. Sua família era toda espírita. Os exemplos de disciplina e austeridade que recebeu dos pais tiveram um influência decisiva no seu comportamento como médium e, embora, por um lado, essas atitudes tivessem feito com que vivesse afastada do mundo – favorecendo o desenvolvimento e recolhimento mediúnicos –, por outro lado, tornaram-na um pessoa tímida e triste.


A mediunidade de Yvonne:

Aos 4 anos já se comunicava áudio-visualmente com os espíritos, aos quais considerava pessoas normais encarnadas. Duas entidades eram particularmente caras: O espírito Charles, a quem considerava seu pai terreno real, devido a lembranças vivas de uma encarnação passada, em que este espírito fora seu pai carnal. Charles, espírito elevado, foi seu orientador durante toda a sua vida e atividade mediúnica. O espírito Roberto de Canalejas, que foi médico espanhol em meados do século XIX era a outra entidade pela qual nutria um profundo afeto e com a qual tinha ligações espirituais de longa data e dívidas a saldar. Mais tarde, na vida adulta, manteria contatos mediúnicos regulares com outras entidades não menos evoluídas, como o Dr. Bezerra de Menezes, Camilo Castelo Branco, Frederic Chopin e outras.

Aos 8 anos repetiu-se o fenômeno de catalepsia, associado a desprendimento parcial. Aconteceu à noite e a visão que teve, a marcou pelo resto da vida. Em espírito, foi parar ante uma imagem do “Senhor dos Passos”, na igreja que freqüentava. Pedia socorro, pois sofria muito. A imagem, então, cobrando vida, lhe dirigiu as seguintes palavras: “Vem comigo minha filha, será o único recurso que terás para suportar os sofrimentos que te esperam”, aceitou a mão que lhe era estendida, subiu os degraus e não lembra de mais nada. De fato, Yvonne foi uma criança infeliz. Vivia acossada por uma imensa saudade do ambiente familiar que tivera na sua última encarnação na Espanha e que lembrava claramente.

Considerava seus familiares, principalmente seu pai e irmãos, como estranhos. A casa, a cidade onde morava, eram totalmente estranhas. Para ela, o pai verdadeiro era o espírito Charles e a casa, a da Espanha. Esses sentimentos desencontrados e o afloramento das faculdades mediúnicas, faziam com que tivesse comportamento considerado anormal por seus familiares. Por esse motivo, até os dez anos, passou a maior parte do tempo na casa da avó paterna.

O seu lar era espírita. Aos 8 anos teve o primeiro contato com um livro espírita. Aos 12, o pai deu-lhe de presente “O Evangelho segundo o Espiritismo” e o “Livro dos Espíritos”. Que a acompanharam pelo resto da vida, sendo a sua leitura repetida, um bálsamo nas horas difíceis. Aos 13 anos começou a freqüentar as sessões práticas de Espiritismo, que muito a encantavam, pois via os espíritos comunicantes. Teve como instrução escolar o curso primário. Não pôde, por motivos econômicos, fazer outros cursos, o que representou uma grande provação para ela, pois amava o estudo e a leitura. Desde cedo teve que trabalhar para o seu próprio sustento, e o fez com a costura, bordado, renda, flores, etc.

Como já vimos, a mediunidade apresentou-se nos primeiros dias de vida terrena, através do fenômeno de catalepsia, vindo a ser este, um fenômeno comum na sua vida a partir dos 16 anos. A maior parte das reportagens de além-túmulo, dos romances, das crônicas e contos relatados por Yvonne, foram coletados no mundo espiritual através deste processo, na hora do sono reparador. A sua mediunidade, porém, foi diversificada. Foi médium psicógrafo e receitista assistida por entidades de grande elevação, como Bezerra de Menezes, Charles, Roberto de Canalejas, Bittencourt Sampaio. Praticou a mediunidade de incorporação e passista. Possuía mediunidade de efeitos físicos, chegando a realizar sessões de materialização, mas nunca sentiu atração por esta modalidade mediúnica. Os trabalhos, no campo da mediunidade, que mais gostava de fazer eram os do desdobramento, incorporação e receituário. Como foi dito, através do desdobramento noturno que Yvonne navegava através do mundo espiritual, amparada por seus orientadores, coletando as crônicas, contos e romances que foram publicados. Como médium psicofônico, pode entrar em contato com obsessores, obsidiados e suicidas, aos quais, devotava um carinho especial, sendo que muitos deles tornaram-se espíritos amigos. No receituário homeopático trabalhou em diversos centros espíritas das várias cidades em que morou durante os 54 anos de atividade. Foi uma médium independente, que não se submetia aos entraves burocráticos que alguns centros exercem sobre seus trabalhadores, seguia sempre a “Igreja do Alto” e com ela exercia a caridade a qualquer hora e a qualquer dia em que fosse procurada pelos sofredores. O espírito do Dr. Bittencourt Sampaio lhe informou que o casamento não fazia parte das suas experiências evolutivas nesta encarnação, devido a não ter sabido respeitar no passado a sagrada instituição familiar.

Foi uma esperantista convicta e trabalhou arduamente na sua propaganda e difusão, através de correspondência que mantinha com outros esperantistas, tanto no Brasil, como no exterior. Desde muito pequena cultivou o estudo e a boa leitura. Aos 16 anos já tinha lido obras dos grandes autores como Goethe, Bernardo Guimarães, José de Alencar, Alexandre Herculano, Arthur Conan Doyle e outros. Escreveu muitos artigos publicados em jornais populares. Todos foram perdidos.



As obras mediúnicas de Yvonne:

A obra mediúnica de YVONNE A. PEREIRA possui 20 livros. Alguns podem ser descritos neste breve espaço:


MEMÓRIAS DE UM SUICÍDA - Obra ditada em 1926 por Camilo Castelo Branco e completada por Léon Denis. Só foi publicada 30 anos depois. É um libelo contra o suicídio; um dos mais profundos livros espíritas, que descreve com minúcias o vale dos suicidas, no mundo espiritual e a vida post-mortem de um suicida.


 NAS TELAS DO INFINITO - O livro apresenta uma história narrada pelo espírito Bezerra de Menezes e uma novela transmitida pelo Espírito Camilo Castelo Branco.


AMOR E ÓDIO - Romance em torno de um ex-discípulo de Kardec e que recebeu deste um exemplar de “O Livro dos Espíritos” na época em que este foi lançado. É o relato da triste, comovente e altruística vida de Gaston de Saint-Pierre. Ditada pelo espírito Charles.


A TRAGÉDIA DE SANTA MARIA - Romance emocionante narrado pelo espírito Bezerra de Menezes, passado em uma fazenda de Vassouras, Rio de Janeiro.


DEVASSANDO O INVISÍVEL - Em estilo atraente, a médium YVONNE PEREIRA, narra, sob a supervisão de instrutores espirituais uma série de fatos por ela observados e vividos no mundo espiritual, ora em regiões celestiais, ora em verdadeiros abismos infernais, assim como o fizera Dante na Divina Comédia.


RESSURREIÇÃO E VIDA - Leon Tolstoi nos oferece uma obra tocada do mesmo humanismo que o inspirara quando encarnado. A leitura agrada, sobretudo porque o autor imprime admirável valor literário às histórias que conta, fazendo-nos voltar às paisagens e costumes imperantes na velha Rússia dos czares. Três histórias destacam-se: “O sonho de Rafaela”, que narra o sofrimento de uma mãe que perdeu a filha pequena e o ensinamento que um sonho pode trazer; “O Paralítico de Kiev”, mostra a luta de um nobre para vencer o orgulho. “O Segredo da Felicidade”, um homem que nos exemplifica o amor incondicional, como único caminho para a realização.


NAS VORAGENS DO PECADO - Magnífico romance que nos relata a trágica historia da matança dos huguenotes na “Noite de São Bartolomeu”, em 23 de agosto de 1572. Mostra uma vida passada de YVONNE PEREIRA na personalidade de Ruth-Carolina de la Chapelle. É o primeiro volume de uma trilogia que, de preferência, deve ser lida sequencialmente.


O CAVALEIRO DE NUMIERS - Segundo volume da trilogia que mostra a nossa médium na personalidade de Berth de Sourmeville.

O DRAMA DE BRETANHA - Terceiro volume da trilogia YVONNE PEREIRA, agora como Andréa de Guzman, não suporta os embates e se suicida por enforcamento.

DRAMAS DA OBSESSÃO - Esta obra mediúnica encerra duas novelas emocionantes, educativas e edificantes, baseadas na vida real, assim como as outras. Ditada pelo espírito Bezerra de Menezes.

RECORDAÇÕES DA MEDIUNIDADE - Confidências e reminiscências da singular mediunidade com a qual trabalhou YVONNE PREIRA.

SUBLIMAÇÃO – Histórias comoventes nas quais o suicídio é focalizado nas suas implicações morais e conseqüências aterradores. Nesta obra YVONNE PEREIRA é a encantadora Nina.

As outras obras são: “Família Espírita”; “Evangelhos aos Simples”; “Contos Amigos”; “O livro de Eneida”; “Cânticos do Coração” Volumes I e II; “Pontos Doutrinários” e “A Lei de Deus”.


O desencarne de Yvonne:


Desencarnou em 09 de março de 1984, no Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro. Todos os dias, às 18 horas, ela dirige-se, em companhia de espíritos abnegados, ao vale dos suicidas, a fim de interceder em favor deles junto a Maria de Nazaré.


Marilia Santos
Juventude Casa dos Humildes

27 de jun. de 2010

17 de jun. de 2010

O PERDÃO

Domingo passado, 13 de junho, tivemos o prazer de receber na Evangelização da Juventude nosso amigo e irmão Estevão Coimbra, que nos falou sobre o Perdão. Solicitamos a joven Cláudia para expor o tema em nosso blog.





Na célebre passagem bíblica do Sermão da Montanha, Jesus citou à multidão “As Bem-Aventuranças”, ensinamentos que, de acordo com o Novo Testamento, Cristo pregou para ensinar e revelar aos homens a verdadeira felicidade.



Uma delas diz: Bem-aventurados aqueles que são misericordiosos, porque eles próprios obterão misericórdia.

E a misericórdia está intimamente ligada ao perdão. Com que direito poderíamos reclamar a Deus o perdão das nossas dívidas, se nós mesmos temos tanta dificuldade em sermos misericordiosos com aqueles que nos devem?


Deus fez uma lei expressa de caridade. E caridade não significa apenas dar assistência a nosso próximo na necessidade; consiste também no esquecimento e no perdão das ofensas. Sim, esquecimento, afinal o verdadeiro perdão, nobre, verdadeiramente generoso, sem segunda intenção e que não impõe ao adversário condições humilhantes, sem o esquecimento das ofensas não é generosidade, mas sim uma maneira de satisfazer o orgulho.




Ah, o orgulho... Essa é a pior cegueira da qual sofre a raça humana. Ela nos faz pensar que somos perfeitos e estamos acima de tudo e todos, nos impedindo de praticar a misericórdia, qualidade que reúne o perdão e a indulgência.



A indulgência não vê os defeitos de outrem, e quando os vê, não os divulga. O indulgente não julga as atitudes falhas dos semelhantes, pois tem consciência de que também tem seus defeitos e também é passível de falhas.



Aquele dentre vós que estiver sem pecado, lhe atire a primeira pedra”, disse Jesus aos homens que condenavam ao apedrejamento, até a morte, uma mulher surpreendida em adultério. Todos se retiraram e ninguém atirou pedra alguma, obviamente.




Não julgueis a fim de que não sejais julgados: esta máxima nos mostra a indulgência como um dever, pois é muito fácil censurar uma falta de alguém, mas nunca pensamos se a mesma reprovação poderá cair sobre nós.



Vejamos o que diz a doutrina de Sócrates e Platão, que viveram entre nós, aproximadamente, 500 anos antes de Cristo: “Não é preciso nunca retribuir injustiça por injustiça, nem fazer mal a ninguém, qualquer seja o mal que se nos tenha feito; poucas pessoas, entretanto, admitirão este princípio, e as pessoas que estão divididas não devem senão se desprezar umas às outras”.



Não está aí mais uma Bem Aventurança pregada pelo Cristo, “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa”?



Portanto, amemos nossos inimigos, façamos o bem àqueles que nos odeiam e oremos por aqueles que nos perseguem e nos caluniam, pois as perseguições que os maus nos fazer suportar fazem parte das nossas provas terrestres. O perdão das ofensas é virtude sublime e o sacrifício do ressentimento é o mais agradável ao Senhor.




Vejamos como o orador Raul Teixeira fala sobre o tema. 






Muita paz.



Cláudia Ferreira



Juventude Casa dos Humildes

10 de jun. de 2010

A IMORTALIDADE DA ALMA

Oi jovens, hoje vamos ver um pouco sobre um dos princípios da Doutrina Espírita: A Imortalidade da Alma.

Através de intuições o homem já tinha idéias de que a vida continua depois da morte. Pois, Deus sempre nos envia Espíritos de certa evolução para propagar a verdade.

Vejamos o que diz a Doutrina De Sócrates e Platão, que viveu entre nós aproximadamente 500 anos antes de cristo: "O homem é uma alma encarnada. Antes da sua encarnação, existia unida aos tipos primordiais, às idéias do verdadeiro, do bem e do belo; separa-se deles, encarnando, e, recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a ele" (Introdução do Evangelho Segundo Espiritismo).


O grande filosófo Sócrates diferenciou os dois princípios: o inteligente (alma) e o material (corpo). A preexistência da alma, a vaga intuição que ela conserva, a existência de outro mundo ao qual aspira (mundo espiritual), fundamentos esses que há 153 anos foram confirmados pelas observações e análises do codificador da Doutrina dos Espíritos - Allan Kardec.


Vejamos o que o orador Divaldo Franco nos diz.




E como podemos provar a Imortalidade da alma?


Através dos fenômenos de emancipação da alma (ex.sonambulismo); as casas mal-assombradas; transporte de objetos; as mesas girantes; as comunicações pela escrita, pela audição ou palavra; aparições e materializações de Espíritos; xenoglossia (comunicação escrita ou falada em idiomas que o médium ignore); transcomunicação instrumental; experiência de quase morte e as visões no leito de morte.


Vejamos agora um vídeo.



Muita paz.

Genilda Medeiros


Juventude Casa dos Humildes

1 de mai. de 2010

LEOPOLDO MACHADO

Líder baiano foi um dos grandes incentivadores das mocidades espíritas no Brasil.

 
Leopoldo Machado foi um das figuras mais importantes do Espiritismo brasileiro. Poeta, escritor, dramaturgo, orador e ativista, ele promoveu um rejuvenescimento no movimento, com sua Campanha do Espiritismo de Vivos, em que agitou os centros, centralizados na relação com os "mortos". Leopoldo provocou uma reação e melhorou a participação de estudiosos, expositores e influenciou na realização de cursos e aulas sobre a Doutrina. Uma das maiores contribuições que ele deu foi a criação vigorosa das Mocidades Espíritas.

Graças a ele, rompeu-se o círculo fechado dos centros com a entrada de jovens no movimento. As Mocidades Espíritas representaram uma injeção de vigor e rompimento do status sonolento das entidades doutrinárias. Em decorrência do confronto de jovens com os "mais velhos" deu-se nova dimensão ao Espiritismo.
 
Nasceu no Arraial de Cepa Forte, hoje Jandaíra, Bahia, em 30 de setembro de 1891.  Iniciou-se na Doutrina Espírita pelas mãos abençoadas do inolvidável José Petitinga, no ano de 1915, tornando-se arauto da fé e do trabalho.

Após seu casamento com Dona Marília Ferraz de Almeida, radicou-se na cidade de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, onde iniciou grandes tarefas;  integrando-se, desde logo, aos demais conterrâneos seus já aqui emprenhados na defesa dos postulados kardecistas, dentre os quais Carlos Imbassahy, Deolindo Amorim, Alfredo Miguel e outros nordestinos, como Lins de Vasconcelos, com seu espírito conciliador.

Ele e a esposa tomaram a iniciativa de construir o Albergue Noturno Allan Kardec e o Lar de Jesus para meninas órfãs. Educador pedagógico, inaugurou o Colégio Leopoldo, tradicional estabelecimento de ensino, considerado uma das melhores organizações educacionais da baixada fluminense. 

 Inauguração do Colégio Leopoldo em 1930. No centro da foto Leopoldo Machado.

Leopoldo Machado incentivou as novas gerações a pegar no arado com a criação das Mocidades Espíritas e das Escolas Espíritas de Evangelização para Infância.
Impulsionou as Semanas Espíritas, as Tardes Fraternas, os Simpósios, as Mesas Redondas e os Congressos Espíritas.
Realizou o "milagre" de estar presente em quase todos os movimentos espíritas confraternativos, percorrendo todo o Brasil, exaltando o Evangelho de Jesus e a Doutrina dos Espíritos, como sendo a volta do Cristianismo Redivivo, no seu sentido mais puro, como era pregado na Casa do Caminho.
Dentre vários eventos, destaca-se o I Congresso de Mocidades Espíritas do Brasil, de 17 a 23 de julho de 1948, tendo frente Leopoldo Machado Lins de Vasconcelos.
Foi da mais belas e mais proveitosa realizações espíritas de todos o tempos e, até hoje, colhem-se frutos.
Nesse mesmo ano, Leopoldo Machado tomava parte ativa no Congresso Brasileiro de Unificação, realizado de 31 de outubro a 5 de novembro.
Em 1949, era convocado para o 11º Congresso Pan-americano, realizado no Rio de Janeiro.
Após, esteve presente, juntamente com Lins de Vasconcelos, Carlos Jordão da Silva, Francisco Spinelli, Ary Casadio e Luiz Burgos na Caravana da Fraternidade, que teve como coroamento o Pacto Áureo, incentivo unificador na formação do Conselho Federativo Nacional, sob os auspícios da Federação Espírita Brasileira.
Realizou também a Primeira Festa Nacional do Livro Espírita, em homenagem ao 18 de abril.
Escritor de vários livros espíritas, como Pigmeus Contra Gigantes, Caravana da Fraternidade, Ide e Pregai e muitos outros, além de crônicas, peças teatrais, biografias, roteiros, teses. Ainda, compôs inúmeras melodias para a mocidade e a infância.
Leopoldo Machado acreditou na força dos moços, como mola propulsora para renovação de valores do movimento espírita; acreditou nos Congressos, nas Semanas Espíritas e nas Confraternizações.
Lutou tenazmente para desencastelar muitos espíritas, que só pensavam em termos de suas Instituições, porque acreditava que Espiritismo é Luz, é Sol que, no futuro próximo, iluminará a humanidade.
Lutou pela renovação de valores e de conceitos, sem fugir aos ditames da Codificação Kardequiana.
Franco, leal, sincero e audaz.
Essa foi a figura personalíssima de Leopoldo Machado.
Desencarnou na cidade de Nova Iguaçu (RJ), aos 22 de agosto de 1957.
Fonte: O Consolador (Fonte: Personagens do Espiritismo, de Antônio de Souza Lucena e Paulo Alves Godoy Edições FEESP), e Espirit Net.

Juventude Casa dos Humildes